quarta-feira, 12 de agosto de 2009



"- Tem uma ideia do número de mulheres que conheceu?
- Não quero ser muito explícito sobres essas questões, por um lado porque é um assunto privado, e por outro porque o número não é por si mesmo significativo: há relações sexuais sem consequências, e amores platónicos que podem marcar-nos para a vida. Aconteceu-me também um encontro ter sido tão importante no plano intelectual que a pessoa com quem eu estava e eu próprio descurámos o plano físico, ou até nos sentíamos de acordo, mas estávamos cansados, ou as circunstâncias não eram propícias: há toda uma quantidade de situações importantes que as estatísticas desse género não contemplam.
E de facto, sou sobretudo, monogâmico: raramente mantive várias relações em simultâneo. Quando me interesso por uma mulher, não me interesso pelas outras, mas evidentemente a ligação pode durar de algumas horas a vários anos. Não peço nada de idêntico à mulher, mas gosto que durante o tempo da nossa relação ela procure também ser monogâmica."
Hugo Pratt à conversa com Dominique Petitfaux ("O desejo de ser inútil"). Dito assim tudo parece tão simples, quase óbvio, quase fácil. Mas não é, pois não?

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